sexta-feira, 31 de julho de 2009

28 07 09 17h10

28 07 09 17h10

Eu sei que faz dias desde a última vez que eu postei alguma coisa no blog, mas é que eu não queria falar nada antes de estar tudo certo, pra não dar azar.
No dia em que voltei do Downhill de bike até Coroico (que de coroico eu só vi a placa, já que fomos direto pro hotel que tinha o restauras), entrei na internet e havia um e-mail do hotel Samana Chakra, de Máncora, um dos dois pra onde eu havia mandado meu currículo, perguntando se eu já estava em Mancora. Continuamos nos falando por e-mail mas no outro dia já fui pra Sorata, que fica mais ao norte. Fiquei uns dias lá numa pousada bem legal e barata até combinar tudo certo com a dona do hotel por e-mail, e então iniciei a Segunda Grande Saga de vários dias intermináveis sentado num ônibus. Primeiro peguei uma van em Sorata até Huarina, onde desci numa bifurcação e fiquei esperando uma van pra Copacabana, que não demorou muito. O caminho de Sorata a Huarina pareceu bem mais curto do que na ida, talvez porque eu estava sentado na frente, e não estava submetido ao aperto e o mau-cheiro do último banco. Para chegar a copacabana chega um ponto onde a van tem que atravessar o lago Titicaca em uma parte, então todos tem que descer e pegar um barco (e pagar) para atravessar enquanto a van atravessa numa balsa roots. Entramos na vam de novo e seguimos. Copacabana é mais uma cidade “pra inglês ver”. Tudo é caro porque tudo é pra turista gringo que vão pra lá cheios da grana e fazem com que tudo seja mais caro. Fui direto procurar um ônibus pra seguir viagem, pois tinha que ir a Puno primeiro, mas os ônibus só saíam as 18h30. Fiquei em Copacabana tempo suficiente pra ficar entediado mas não o suficiente pra ver o pôr-do-sol no Titicaca, pois já estava no ônibus e só vi relances. Como Copacabana é bem na fronteira, tivemos que descer e fazer toda papagaiada de carimbar passaporte e preencher formulário, o que levou um bom tempo. O caminho até Puno levou algumas horas mas foi de boa. Em Puno descobri que pra chegar a Lima deveria primeiro ir a Arequipa, que é bem no sul do Peru... Dei uma pesquisada e vi que haviam ônibus de mais de 100 bolivianos, mas daí fui perguntando e achei uma companhia que fazia por 15. A Tours San Juan, da qual eu nunca havia ouvido falar, Possuía um ônibus rosa e preto, com o vidro da frente do andar de cima quebrado, mas tudo bem. Olhei pros motoras enquanto esperava e concluí que se eu tivesse na rua e eles tivessem no caminho eu atravessaria a rua, mas tudo bem. Depois vi que o motora tava com uma cara de sono... Mas tuuudo bem... Quando me sentei tratei logo de por o cinto só pra garantir... E quando ele arrancou vi que a minha janela parecia meio solta.... Mas... Tudo bem... Consegui pegar no sono e acordei são e salvo em Arequipa, às 4h40 por aí depois de ter saído às 22h. Procurei ônibus pra Lima, e comprei da Cruz del Sur, uma companhia bem melhor, por 60 bolivianos. Ate aí não fazia idéia de quanto tempo levava até Lima... Aconteceu que depois de sair e viajar um bom tempo passamos por uma placa que dizia Lima 800 e cacetada km... Terminou que saí de Arequipa às 6h30 e passei a viagem inteira sentado atrás de uma criança que não parava de encher o saco e fez questão de cagar no meio do caminho pra mãe ter que trocar a fralda no banco da minha frente. Não consigo entender como é que pode todos os ônibus terem mães com “crianças de colo” que tornam a viagem mais desagradável possível. Acho que se existisse uma companhia que garantisse que em seus ônibus não iria nenhum bebê ou criança dormindo no corredor ou gritando ou atazanando poderia cobrar até o dobro que valeria a pena. Chegamos em Lima e já passava das 22h. Tive que durmir em um hotel perto do terminal da empresa, e lá descobri que em Lima não existe uma rodoviária... Cada empresa tem seu terminal, o que fez com que eu não pudesse comprar passagem logo como fiz em arequipa, e tive que passar a noite num hotelzinho ali perto, mas que foi de boa. No outro dia peguei um táxi para ir até a esquina da 28 de julio com a nãoseioque da República, e depois de andar afu chegamos, mas não tinha nada lá. Depois que eu disse pro taxista que era praquela empresa que eu queria ir ele se deu conta de que existem duas 28 de julio que cruzam com a mesma rua. Eba. No fim me cobrou muito mais do que teria sido, mas passeei bastante por Lima. Cheguei na empresa e já não haviam mais ônibus para Mancora naquele dia. Saí com minha super-mochila indo atrás de outras empresas que fizessem o mesmo trajeto. Encontrei uma que, obviamente, só sairia às 18h. Passei o dia dando banda nos arredores procurando algo decente pra comer e usando a internet de vez em quando. Comi uma tortilla de verduras, boa, apesar do troço morno que eles dão pra tomar junto que eu achei uma bosta. No fim, peguei o ônibus e, obviamente, tinha uma “mãe com criança de colo” do meu lado e outra atrás de mim. A criança do meu lado nem posso reclamar, porque era tranqüila. Mas os de trás ficavam perambulando e batendo no meu banco o tempo todo até encher o saco.
Até Mancora foram mais várias horas, sei que cheguei perto do meio-dia, e fui direto pro hotel.

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