terça-feira, 14 de julho de 2009

14 07











Cheguei ontem de manhã na convenção e aqui tomada é algo escasso e internet não pega em lugar nenhum... vou escrever tudo aqui no word e gravar num pen drive pra depois ir em um lugar com internet...
Santa Cruz de la Sierra foi outra cidade que eu só passei o dia inteiro esperando o ônibus. Tentei dar umas voltas na cidade, mas não achei nada de interessante perto da rodoviária e não tava afim de ficar pegando ônibus ou táxi pra ir atrás de algo... Então passei quase todo o dia na estação ou na grama do lado de fora da estação cochilando e montando o cubo. Lá todos andam meio preocupados com a tal da gripe então uma galera tava usando “barbijos”, aqueles negocio de por na cara que eu esqueci o nome. Eu tinha um também que o pai tinha me dado e fiquei usando um pouco também...
Conheci uma guria que veio puxar assunto enquanto eu tava montando o cubo e de início eu não tava dando muita conversa até porque não entendia quase nada... mas ela insistiu e daí que eu fui descobrir a história dela... O nome dela era Carmen, tinha 17 anos e há um tempo atrás ela conheceu um brasileiro em Santa Cruz que depois foi dar uma banda também como todo mundo... Mas ela só sabia o nome dele e que ele não tinha família e fazia Agronomia... Então ela vinha falar com quem ela achava que talvez pudesse conhecer... Ela disse que ia todos os dias na estação esperar pra ver se ele aparecia... Que loucura...
Mas peguei o ônibus as 17h30 e troquei de lugar com uma senhora e acabei indo bem na frente daqueles ônibus de dois andares... Na frente da janela... a vista era massa, mas não era bom ver o quanto o motora era suicida... Ultrapassava em qualquero lugar e quem vinha no outro sentido que fosse pro acostamento...
Cheguei de manhã em La Paz e enfim me senti na Bolívia... O altiplano boliviano é uma paisagem totalmente diferente de tudo que eu já tenha visto antes... Pena que não consegui ficar acordado muito tempo durante a viagem...
La Paz é uma cidade muito bonita. Completamente diferente das outras cidades que eu tinha passado. Praças floridas tri bonitas... Tudo bem enfeitado... O trânsito um pouco caótico obviamente... mas foi legal a caminhada que eu dei por lá até pegar um táxi. Aqui os táxis não tem taxímetro, o preço é combinado antes. O taxista me trouxe até a convenção por 15 bolivianos. A convenção é no bairro Los Pinos, um bairro bem bonito no meio de várias montanhas muito loucas.
Cheguei na convenção meio perdidaço só querendo tomar um banho... Mas daí descobri que não tinham instalado as “duchas” ainda. Tive que tomar um banho de lenços umedecidos. Já era o terceiro dia sem banho... Tomei banho no dia 10 e só fui tomar outro hoje, dia 14. Ontem daí fiquei angustiado sem banho e sem conseguir conectar na internet e sem me coordenar pra falar com ninguém e fui dar uma caminhada pela vizinhança... Encontrei uma internet e telefone e consegui falar com a mãe e com a mulher da minha vida que eu já não agüento mais de saudade. Isso me aliviou um pouco. Passei o resto do dia jogando malabares, até surgir a vontade de ir no banheiro e eu descobrir que o banheiro aqui era só um pra todo mundo e era um buraco no chão improvisado... Então fui dar outra banda atrás de um banheiro... Passei por um troço tipo McDonalds que eu vi de fora que tinha um banheiro... Então entrei, pedi uma batata-frita e uma coca e fui reto no banheiro. Depois de mais aliviado, comi minha batata e minha coca e fui dar mais uma caminhada. Esse bairro é um bairro mais rico da cidade. Várias casas e prédios grandes e uma rua cheia de lojas e tal. Depois voltei, comprei um salgadinho e fui comendo até a convenção. Fiquei rateando um pouco, tocando cavaco, até a hora do cabaret. Nada de novo, só os mesmos números de sempre, as mesmas portagens de sempre, malabares sem nenhum grande truque... Só tinha um gordo lá que era engraçado. Mas fez um número de palhaço como lutador de sumô (como sempre). Depois do cabaret encontrei a Manuela, que tinha chegado lá de noite, e daí já não fiquei mais tão perdido porque tinha alguém que me entendia e que eu entendia também... Encontramos mais uma galerinha e fomos dar outra banda na rua atrás de ceva. Fomos encontrar só depois de muito andar, e caro ainda, 6,50 a lata de Paceña. Eu ainda não tinha tomado a famooosa Paceña, e achei bem boa. Depois voltamos, tava rolando uma festinha, fiquei ali um pouco e fui bodear.
Hoje quando acordei já tinha perdido o café da manhã. Fui pra oficina de manipulação de claves e quando deu uma esquentadinha eu fui tomar banho finalmente. As “duchas”eram mangueiras penduradas que ficava caindo água de conta-gotas e pra abrir ou fechar tinha que prender num arame. Até que uma hora parou de pingar e eu estava todo ensaboado. Mas daí eu vi que a lona de cima estava cheia de água, decerto que vazava das mangueiras, daí fiquei embaixo dum furo da lona e fui empurrando aos poucos a água pra lá, até que consegui tirar o sabão mais ou menos. Hoje o almoço foi pior que o de ontem, mas a fome tava tão grande que não sobrou nenhum grãozinho de arroz. Daqui a pouco vou pra cidade tentar botar isso na internet. Agora vou dar um bizú nas oficinas.

3 comentários:

  1. Meu amor
    tão lindas as fotos
    saudade tá dureza

    Te amo taaaanto
    beijoooo

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  2. Lindoooooooooooooooooooooo
    to amando ler isso!
    tu sabe o quanto eu amo ler qualquer coisa que tu escreve..
    fico aqui imaginando tudo.

    quero fotos tuas e da Emília!!
    como ela tá?

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